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Treino para o corpo e para o espírito

A Igreja, como de resto vós bem sabeis, admira, aprova e encoraja o desporto, considerando-o como uma ginástica do corpo e do espírito, um treino para as relações sociais fundadas no respeito pelos outros e pela própria pessoa, e um elemento de coesão social, que favorece ainda relações amistosas no campo internacional. – 12 de maio de 1979

Caminho para os verdadeiros valores da vida

Creio não me enganar ao reconhecer em vós este potencial de virtudes cívicas e cristãs. Num mundo em que tantas vezes se nota a dolorosa presença de jovens cansados, marcados pela tristeza e por experiências negativas, sede para eles amigos sábios, guias experientes e treinadores não só nos campos desportivos mas também nos caminhos que conduzem às metas dos verdadeiros valores da vida. Assim juntareis à satisfação agonística benemerências de ordem espiritual, oferecendo à sociedade um contributo precioso de saúde moral. E também dareis à Igreja a alegria de ver em vós filhos fortes (Cfr. 1 Jo 2, 14), leais e generosos. – 12 de maio de 1979

Escola de virtudes

O empenho desportivo é escola genuína de autêntica virtude humana, de que o antigo livro bíblico da Sabedoria escreve: Quando está presente, imitam-na; quando ausente, desejam-na; no século vindouro triunfará coroada por ter vencido sem mancha nos combates (Sab 4, 2). No Desporto, de fato, vence a virtude; e então todos vencem, parque todos tiram proveito das suas fecundas exigências individuais e comunitárias. – 31 de agosto de 1979

Escola de equilíbrio interior e domínio exterior

O desporto, praticado a luz da fé, tem em si um significado moral e educativo relevante: é adestramento na virtude, escola de equilíbrio interior e domínio exterior, introdução nas conquistas mais verdadeiras e duradouras. “O agonismo físico — advertia sabiamente Pio XII de venerada memória — quase se torna assim uma ascese de virtudes humanas e cristãs; aliás, tal deve tornar-se e ser…, para que o exercício do desporto se supere a si mesmo… e seja preservado de desvios materialistas, que lhe diminuiriam o valor e a nobreza” (Pio XII, Discurso ao Congresso científico nacional do desporto, 8 de Novembro de 1952; Discursos e Radiomensagens XVI, 389). – 20 de dezembro de 1979

Edificação para a sociedade

O sentido de fraternidade, a magnanimidade, a honestidade e o respeito pelo corpo virtudes sem dúvida indispensáveis a todo o bom atleta contribuem para a edificação de uma sociedade civil. Desta forma, o desporto não é um fim, mas um meio; pode tornar-se veículo de civilização e de genuíno entretenimento, estimulando a pessoa a dar o melhor de si e a evitar o que pode ser perigoso ou de grave prejuízo para si ou para o próximo. – 28 de outubro de 2000

Esporte como escola de superação

A competição atlética requer da pessoa humana alguns dos seus mais nobres talentos e qualidades. Ela deve aprender os segredos do seu próprio corpo, as suas forças e fraquezas, a sua resistência e limite. Deve desenvolver, durante longas horas de exercício e esforço, o poder de concentração e o hábito da disciplina, aprendendo a manter a sua reserva de forças e a conservar a energia para o momento final, quando a vitória depende de um grande aumento de velocidade ou de uma ulterior aplicação de força. – 20 de março de 1982

Base para atitudes sinceramente cristãs

Desejo sobretudo que possais realizar as vossas competições naquela perspectiva, diríamos, “ascética” do desporto, que é meio de formação humana, educando para a ordem, para a lealdade e para o respeito da pessoa e das leis, além de ser escola de vigor e de elegância. Sobre tais valores constrói-se uma disponibilidade interior para o acolhimento de inspirações e atitudes sinceramente cristãs, tal como o justo e adorante reconhecimento devido ao Criador de todos os bens e Nosso Pai celeste, e ao mesmo tempo a disponibilidade de amor para com os irmãos. Por todos estes motivos, a Igreja encoraja e abençoa o desporto. – 6 de fevereiro 1982